Paris! A culinária mais famosa do mundo. Tão querida Paris. Gente! Eu tenho que admitir: estava morrendo de medo de ir pra Paris. Sim, porque o pessoal sempre disse que os franceses são as criaturas mais esnobes do mundo, que eles sabem falar em inglês, mas eles NÃO FALAM porque não gostam e não querem. Geeente! Não sei se foi sorte nossa ou azar das outras pessoas, mas de mal educados os franceses não tinham nada. Fomos super bem tratados por todos, desde o começo. Tanto na rua para dar informações quanto nos restaurantes. E eles falavam em inglês sem o menor problema e fazendo de tudo para agradar. Então não tenha medo! E a culinária? Sim, é maravilhosamente bem feita e se você souber o que pedir vai se surpreender.
Paris tem um sistema de metrô que disputa com o de Londres. Ambos são maravilhosos. Se você for pra Londres ou pra Paris nem se esquenta em chamar taxi e gastar dinheiro com isso. Os metros são ótimos. Londres ainda parece mais moderno e rápido, mas não é uma diferença gritante.
Nosso primeiro almoço em Paris foi próximo ao Palais de Chaillot, por sua vez perto da Torre Eifel. Fomos caminhando para o mais longe possível à pé das atrações turísticas para não sermos esfaqueados pelos preços. Nos restaurante na Itália você tinha o menu do dia em que podia escolher um primeiro prato, um segundo e mais uma sobremesa. Em Paris era diferente: você tinha a opção de escolher uma entrada e mais o prato principal OU o prato principal mais a sobremesa. Os pratos são sempre individuais (não vá fazer como a mulher do meu pai que pediu um prato só para dois achando que era igual no Brasil quanto a fartura de comida), mas não se preocupe, pois as opções para uma pessoa realmente alimentam uma pessoa, apenas não a deixam estufada. Eu pedi um prato com pedaços de frango. O tempero era extremamente bem feito, muito bom. Eu só tiraria os pimentões.
O Marcos pediu uma carne com uma molho que parecia apetitoso e batatas fritas. A carne tinha cara de estar muito boa e o molho também.
De sobremesa o Marcos pediu um mousse de chocolate que estava divino.
Já a minha sobremesa era uma torta de damascos que não era lá essas coisas.
Agora eu simplesmente não podia ir pra França e não experimentar os famosos Escargots que eu nunca tinha comido e nem o Marcos. A vida todo eu quis provar, é tipo uma coisa a se fazer antes de morrer, mas eu admito que morria de medo de não conseguir, de ter nojo. Então pesquisei bem antes de escolher qualquer lugar para comer escargot. Na internet falavam muito bem do restaurante chamado L'Escargot Montorgueil perto da estação de metrô Étienne Marcel, então resolvemos ir lá e pedimos e tão requisitado escargot. Pedimos meia dúzia de escargot na manteiga trufada (primeira foto) e meia dúzia de escargots variados (segunda foto), sendo dois com queijo, dois com curry e dois com alho para nós dois.
O que eu posso dizer? Assim que olhei para eles não pareceram nojentos, bem pelo contrário. Pra quem já comeu ostra eu digo que é menos nojento que ostra, e olha que eu adoro ostra! Enfim, simplesmente DIVINO. Eu bem que podia ter odiado, já que esse negócio é caro pra caramba! Mas eu adorei. O que mais gostei foi o com manteiga trufada e depois o de queijo. Que que era mergulhar os pãeszinhos naquela manteiga depois? Hummmmm.
Depois pedimos o menu do dia com prato principal e sobremesa. O prato principal não era tudo isso, não. Era bem simples, mas bem elaborado. Eram pedaços de frango assado com um molho bem gostosinho acompanhado de batatinhas, essas sim muito boas, e uma trouxinha de carne de porco e temperos que eu não entendi a combinação com o resto do prato.
De sobremesa pedi uma baba ao rum, que é uma tradicional sobremesa francesa. É basicamente um bolo encharcado de rum. É gostoso, mas no final começa a ficar enjoado. No meio tinha um chantilly de ótima qualidade.
O Marcos pediu uma tortinha de maçã com iogurte que era maravilhoso (ele definitivamente estava ganhando de mim nas escolhas de sobremesa).
A tarde o Marcos comeu um famoso crepe francês. É assim mesmo, com o ovo praticamente cru. Não consigo comer o ovo assim tão cru, mas o Marcos adora.
A noite fomos jantar perto do hotel. Além do escargot outra coisa que eu queria provar antes de morrer era o tal do Froie Gras. Esse eu queria provar apenas uma vez na vida, apenas para saber se valia todo o sofrimento que o coitado do pato passa para que possa ser vendida essa iguaria. O que dizer? É bom, sim. Tem gosto de patê de fígado de galinha, mas um pouco melhor. Vale o sofrimento do pato? Não, definitivamente não. Não é tudo isso. E quem não sabe do que eu estou falando é só dar uma olhada nas fotos no google sobre foie gras. Eles enfiam um tipo de cone na boca do pato para obrigá-los a comer mesmo sem eles não aguentarem mais para aumentar o fígado.
Já o prato principal, esse sim foi maravilhoso! Peito de pato com molho de natas. Eu já fiz uma versão dessa receita
aqui no blog, mas eu acabei não usando muito da gordura do pato na minha receita, usei só um pouco da gordura na nata, o que o deixou mais saudável, porém menos saboroso. Nossa! Aquele molho era simplesmente incrível. Próxima vez que eu fizer vou usar toda a gordura. A carne do peito do pato era também muito boa, mergulhada no molho de natas era tudo o que há de mais gostoso.
Ficamos quase uma semana em Paris, então deu para provar bastante coisa. Resolvi então provar o confit de pato, que é a coxa do pato marinado na própria gordura. Era bom, diferente, mas ainda prefiro o peito.
O Marcos pediu uma carne bovina (acho que estava com saudade). Como eu falei, em Paris, diferente da Itália, eles nunca cobraram pelos pãezinhos que colocam nas mesas.
No dia seguinte eu acordei muito doente. O Marcos, que estava ruim antes, já estava melhor, mas eu estava aos cacos, não conseguia nem me levantar da cama. Tomei os remédios que o Marcos estava tomando, mas infelizmente eles me causaram gastrite e além de febre e dor no corpo eu também fiquei com um enjoo terrível. A noite, como tínhamos que comer algo fomos num restaurante bem perto do hotel e eu pedi apenas uma sopa de peixe. Ela era super substanciosa e forte. Era boa, mas pra quem não está acostumado eu achei bem forte o sabor.
No último dia também acabei optando por sopa de novo, dessa vez sopa de cebola. O Marcos também resolveu me acompanhar e tomar sopa também. Era era até gostosa, mas também achei muito forte e com muito queijo, então como eu estava doente nem consegui terminar. Em baixo dos queijos tinham pães embebidos na sopa.
No supermercado os queijos eram super baratos e muito bons. Os chocolates da marca Lindt tinham aos montes e super baratos (cerca de 1,50 euros), nós até queríamos voltar no mercado para comprar chocolates para levar para o Brasil, mas a febre não deixou nós voltamos lá.
É isso, apesar de não termos conseguido aproveitar muito o final da viagem a Paris por causa da febre, ainda tivemos tempo de conhecer tudo e o que era principal na culinária de lá. Depois disso voltamos para Londres para ficar mais uns dias e pegar nosso voo de volta para o Brasil. Espero que tenham gostado das dicas sobre a culinária de cada local que passamos.