sábado, 30 de março de 2013

Frango à Caçadora

O frango a caçadora é um prato um diferente, saudável e nada enjoativo. Eu já tinha visto a receita dele no blog Cozinha Pequena e estava com vontade de fazer faz tempo, mas nunca fazia. Finalmente fiz. É diferente, fica um gosto leve e exótico. Não é algo pra se comer todo dia, mas vale a pena fazer de vez em quando para variar.


Tem que ser planejado, pois demora um pouquinho pra ser feito, mas na verdade se deixar marinando na noite anterior já facilita muito. Com uma polenta cremosa deve ficar ótimo, mas eu servi com arroz mesmo.

Adaptei a receita para duas pessoas e mais umas poucas modificações, mas quem quiser a receita original está aqui.

Ingredientes:

- 4 pedaços de frango da sua preferência (usei dois filés de peito e duas sobrecoxas)
- 1 cenoura pequena cortada em cubinhos
- 1/4 de garrafa de vinho tinto seco (o bastante para marinar o frango)
- 3 dentes de alho picados
- 1 ramo de alecrim fresco
- 2 folhas de louco
- farinha de trigo para passar no frango
- 3 colheres de azeite
- 1/2 cebola picada
- 1/2 lata de tomates pelados
- sal e pimenta do reino a gosto

Deixe os pedaços de frango marinando com o vinho, a cenoura, o alho, o alecrim e as folhas de louro por no mínimo 2 horas (o ideal é deixar da noite para o dia, mas como eu resolvo fazer tudo em cima da hora isso não foi possível).


Reserve o caldo em que foi marinado e seque o frango com um papel toalha. Passe os pedaços por um pouco de farinha e leve para uma panela (de preferência já em uma panela grande que possa levar ao forno) com duas colheres de azeite quente para dourar levemente dos dois lados e reserve o frango em outro local. Na mesma panela em que foi dourado o frango refogue a cebola com mais uma colher de azeite.


Junte novamente o frango na panela, o molho em que foi marinado e os tomates pelados, partindo-os com uma colher. Salgue e coloque a pimenta, tomando cuidado para não colocar muito sal, que pode ser ajustado ao final. Leve ao forno pré aquecido a 200º por uma hora e meia a duas horas. Se subir gordura, retire com uma escumadeira. Acerte o sal e, se quiser, coloque seus temperos preferidos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Torta de Chocolate Fácil

Essa torta de chocolate é tipo aquele bolo meio mousse, sabe? Bem cremosa, aerada e uma delícia. E o melhor é que é muito fácil de fazer. A receita eu peguei no "da minha cozinha", aqui, mas eu não usei a ganache em cima, pois achei desnecessário, a torta em si já se garante sozinha. Na receita ela diz que pode ser colocado em banho maria ou sem banho maria levando ao forno primeiro por 180º e depois baixar para 160º, mas como meu forno não tem essa opção deixei assando a 180º mesmo e de vez em quando abria o forno para diminuir a temperatura lá dentro.


Ingredientes:

- 350 g de chocolate meio amargo
- 200 g de manteiga sem sal
- 6 ovos
- 1 xícara de açúcar
- 2 colheres de farinha

Derreta o chocolate com a manteiga em banho maria (ou coloque no microondas de 30 em 30 segundos e mexa até fica um creme liso e homogêneo). Em outro recipiente misture os ovos com o açúcar e depois junte o chocolate, que não pode estar quente para não cozinhar os ovos. Junte a farinha de trigo e misture. Em uma forma de 22 cm untada (eu esqueci de untar, mas não teve nenhum problema) e de preferência com fundo removível (eu não coloquei papel manteiga no fundo da forma, mas se preferir coloque) coloque a mistura e leve ao forno pré aquecido a 180º por 15 minutos e depois mais 20 a 25 minutos a 160º. Como meu forno não vai a 160º eu deixei os 180º do início e abria um pouco a porta do forno de vez em quando para diminuir a temperatura. Deu certo! Espere a torta esfriar e você pode virar em um prato para desenformar ou fazer como eu fiz e desenformar deixando a parte de cima para cima mesmo, com essa casquinha rústica a mostra.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Nhoque de Batata Caseiro

Almoço em família no domingo e finalmente criei coragem para fazer nhoque caseiro. Antes disso a pesquisa foi grande, queria que tudo saísse perfeito. Os ingredientes base são sempre a batata e a farinha. Bom, primeiro vamos ter que discutir alguns "princípios" do nhoque:

- quanto menos farinha o nhoque levar melhor (caso contrário ficará duro)
- a batata deve ser o menos úmida o possível (consequentemente levará menos farinha)
- os puristas da Itália acham que acrescentar ovo ao nhoque é algo terrível, mas eu não sou purista, então testei os dois e preferi fazer com ovo

Esses são os princípios básicos, se você lembrar desses detalhes vai ser muito mais fácil e aí o nhoque vai ficar uma delícia e vai ser simples de fazer.


Pelos meus cálculos a quantidade ideal é de meio quilo de batata para cada duas pessoas, sendo um ovo para cada meio quilo, mas usei só dois para evitar que fosse necessário pôr muita farinha. Era uma dúvida bem grande que eu tinha sobre colocar ou não o ovo, então eu pesquisei bastante e também testei. A conclusão foi que o ovo deixa a massa mais maleável e evita que o nhoque se desfaça quando cozido, porém deve ser usado com cautela, pois muito ovo pode fazer com que seja necessário usar mais farinha, que por sua vez deixa a massa muito pesada e dura.


Ingredientes (serve 6 pessoas)

- 1,5 kg de batata de preferência a axterix, aquela da casca rosa, pois é menos úmida
- 2 ovos
- farinha o quanto baste (vai depender muito da umidade da batata, mas pra essa receita usei mais ou menos 1 xícara ou talvez um pouco mais)
- 1 pitada de sal

Para cozinhar as batatas tem duas opções: ou deixar por mais de uma hora assando no forno ou assar no microondas por 12 minutos. Na verdade o tempo vai depender da quantidade de batatas. Para essa quantidade foram necessário 12 minutos, sendo que cozinhei no microondas. Você até pode cozinhar na panela com água, mas é super contra indicado, já que isso faz com que a batata fique mais úmida e isso é a proibição mor do nhoque. Para cozinhar as batatas no microondas eu segui a dica do blog Panelaterapia, quem quiser pode ver aqui. É só colocar as batatas dentro de um saco plástico tipo esses que se coloca as frutas no supermercado (eu compro os sacos, desses para embalar alimentos) e colocar lá dentro as batatas picadas e descascadas, fazer um nó fechando o saco e fazer alguns furos para sair o vapor. Quando retirar do microondas fure as batatas com um garfo e elas deverão estar macias. Se não estiverem, deixe mais tempo. Amasse as batatas com um garfo ou com um espremedor de batata. Acrescente os ovos e misture. Hora de juntar a farinha. Coloque o menos possível de farinha, juntando sempre aos poucos. Quando a massa estiver em um ponto que você consiga fazer uma bolinha com ela sem grudar quase nas mãos está no ponto certo (ainda deverá grudar um pouquinho nas mãos). Em uma superfície enfarinhada enrole a massa do nhoque como se fosse uma "cobrinha" da espessura de um nhoque. Corte os nhoques do mesmo tamanho para que cozinhem por igual. Coloque-os em uma forma enfarinhada e coloque um pouco mais de farinha por cima para que não grudem uns nos outros. Não amontoe-os, se necessário separe com uma folha de papel manteiga como na foto.


Em uma panela ferva bastante água e coloque um pouco de sal. Coloque o nhoque em etapas. Nesse caso, coloquei 1/3 de cada vez. Quando os nhoques subirem já podem ser retirados com uma escumadeira ou com um coador. Coloque-os em uma forma e cubra-os com um pouco do molho que for usar para que eles não grudem. Cozinhe o restos dos nhoques da mesma forma e cubra com o resto do molho.

Eu fiz um molho quatro queijos que eu adoro para colocar nos nhoques.

Ingredientes:

- 1 xícara de queijo mozarela ralado
- 1 xícara de queijo provolone ralado
- 1 xícara de queijo parmesão ralado
- 1 xícara de queijo gorgonzola ralado
- 2 caixinhas de creme de leite
- 1/2 xícara de leite


Em uma panela aqueça o creme de leite vá misturando os queijos aos poucos, mexendo sempre até ficar um creme homogêneo. Coloque o leite. Se ficar muito grosso coloque mais leite. Juntei o molho ao nhoque, ralei mais um pouco de parmesão por cima e levei para gratinar no forno.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Culinária Local - Paris

Paris! A culinária mais famosa do mundo. Tão querida Paris. Gente! Eu tenho que admitir: estava morrendo de medo de ir pra Paris. Sim, porque o pessoal sempre disse que os franceses são as criaturas mais esnobes do mundo, que eles sabem falar em inglês, mas eles NÃO FALAM porque não gostam e não querem. Geeente! Não sei se foi sorte nossa ou azar das outras pessoas, mas de mal educados os franceses não tinham nada. Fomos super bem tratados por todos, desde o começo. Tanto na rua para dar informações quanto nos restaurantes. E eles falavam em inglês sem o menor problema e fazendo de tudo para agradar. Então não tenha medo! E a culinária? Sim, é maravilhosamente bem feita e se você souber o que pedir vai se surpreender.

Paris tem um sistema de metrô que disputa com o de Londres. Ambos são maravilhosos. Se você for pra Londres ou pra Paris nem se esquenta em chamar taxi e gastar dinheiro com isso. Os metros são ótimos. Londres ainda parece mais moderno e rápido, mas não é uma diferença gritante.

Nosso primeiro almoço em Paris foi próximo ao Palais de Chaillot, por sua vez perto da Torre Eifel. Fomos caminhando para o mais longe possível à pé das atrações turísticas para não sermos esfaqueados pelos preços. Nos restaurante na Itália você tinha o menu do dia em que podia escolher um primeiro prato, um segundo e mais uma sobremesa. Em Paris era diferente: você tinha a opção de escolher uma entrada e mais o prato principal OU o prato principal mais a sobremesa. Os pratos são sempre individuais (não vá fazer como a mulher do meu pai que pediu um prato só para dois achando que era igual no Brasil quanto a fartura de comida), mas não se preocupe, pois as opções para uma pessoa realmente alimentam uma pessoa, apenas não a deixam estufada. Eu pedi um prato com pedaços de frango. O tempero era extremamente bem feito, muito bom. Eu só tiraria os pimentões.


O Marcos pediu uma carne com uma molho que parecia apetitoso e batatas fritas. A carne tinha cara de estar muito boa e o molho também.


De sobremesa o Marcos pediu um mousse de chocolate que estava divino.


Já a minha sobremesa era uma torta de damascos que não era lá essas coisas.


Agora eu simplesmente não podia ir pra França e não experimentar os famosos Escargots que eu nunca tinha comido e nem o Marcos. A vida todo eu quis provar, é tipo uma coisa a se fazer antes de morrer, mas eu admito que morria de medo de não conseguir, de ter nojo. Então pesquisei bem antes de escolher qualquer lugar para comer escargot. Na internet falavam muito bem do restaurante chamado L'Escargot Montorgueil perto da estação de metrô Étienne Marcel, então resolvemos ir lá e pedimos e tão requisitado escargot. Pedimos meia dúzia de escargot na manteiga trufada (primeira foto) e meia dúzia de escargots variados (segunda foto), sendo dois com queijo, dois com curry e dois com alho para nós dois.



O que eu posso dizer? Assim que olhei para eles não pareceram nojentos, bem pelo contrário. Pra quem já comeu ostra eu digo que é menos nojento que ostra, e olha que eu adoro ostra! Enfim, simplesmente DIVINO. Eu bem que podia ter odiado, já que esse negócio é caro pra caramba! Mas eu adorei. O que mais gostei foi o com manteiga trufada e depois o de queijo. Que que era mergulhar os pãeszinhos naquela manteiga depois? Hummmmm.

Depois pedimos o menu do dia com prato principal e sobremesa. O prato principal não era tudo isso, não. Era bem simples, mas bem elaborado. Eram pedaços de frango assado com um molho bem gostosinho acompanhado de batatinhas, essas sim muito boas, e uma trouxinha de carne de porco e temperos que eu não entendi a combinação com o resto do prato.


De sobremesa pedi uma baba ao rum, que é uma tradicional sobremesa francesa. É basicamente um bolo encharcado de rum. É gostoso, mas no final começa a ficar enjoado. No meio tinha um chantilly de ótima qualidade.


O Marcos pediu uma tortinha de maçã com iogurte que era maravilhoso (ele definitivamente estava ganhando de mim nas escolhas de sobremesa).


A tarde o Marcos comeu um famoso crepe francês. É assim mesmo, com o ovo praticamente cru. Não consigo comer o ovo assim tão cru, mas o Marcos adora.


A noite fomos jantar perto do hotel. Além do escargot outra coisa que eu queria provar antes de morrer era o tal do Froie Gras. Esse eu queria provar apenas uma vez na vida, apenas para saber se valia todo o sofrimento que o coitado do pato passa para que possa ser vendida essa iguaria. O que dizer? É bom, sim. Tem gosto de patê de fígado de galinha, mas um pouco melhor. Vale o sofrimento do pato? Não, definitivamente não. Não é tudo isso. E quem não sabe do que eu estou falando é só dar uma olhada nas fotos no google sobre foie gras. Eles enfiam um tipo de cone na boca do pato para obrigá-los a comer mesmo sem eles não aguentarem mais para aumentar o fígado.


Já o prato principal, esse sim foi maravilhoso! Peito de pato com molho de natas. Eu já fiz uma versão dessa receita aqui no blog, mas eu acabei não usando muito da gordura do pato na minha receita, usei só um pouco da gordura na nata, o que o deixou mais saudável, porém menos saboroso. Nossa! Aquele molho era simplesmente incrível. Próxima vez que eu fizer vou usar toda a gordura. A carne do peito do pato era também muito boa, mergulhada no molho de natas era tudo o que há de mais gostoso.


Ficamos quase uma semana em Paris, então deu para provar bastante coisa. Resolvi então provar o confit de pato, que é a coxa do pato marinado na própria gordura. Era bom, diferente, mas ainda prefiro o peito.


O Marcos pediu uma carne bovina (acho que estava com saudade). Como eu falei, em Paris, diferente da Itália, eles nunca cobraram pelos pãezinhos que colocam nas mesas.


No dia seguinte eu acordei muito doente. O Marcos, que estava ruim antes, já estava melhor, mas eu estava aos cacos, não conseguia nem me levantar da cama. Tomei os remédios que o Marcos estava tomando, mas infelizmente eles me causaram gastrite e além de febre e dor no corpo eu também fiquei com um enjoo terrível. A noite, como tínhamos que comer algo fomos num restaurante bem perto do hotel e eu pedi apenas uma sopa de peixe. Ela era super substanciosa e forte. Era boa, mas pra quem não está acostumado eu achei bem forte o sabor.


No último dia também acabei optando por sopa de novo, dessa vez sopa de cebola. O Marcos também resolveu me acompanhar e tomar sopa também. Era era até gostosa, mas também achei muito forte e com muito queijo, então como eu estava doente nem consegui terminar. Em baixo dos queijos tinham pães embebidos na sopa.


No supermercado os queijos eram super baratos e muito bons. Os chocolates da marca Lindt tinham aos montes e super baratos (cerca de 1,50 euros), nós até queríamos voltar no mercado para comprar chocolates para levar para o Brasil, mas a febre não deixou nós voltamos lá.

É isso, apesar de não termos conseguido aproveitar muito o final da viagem a Paris por causa da febre, ainda tivemos tempo de conhecer tudo e o que era principal na culinária de lá. Depois disso voltamos para Londres para ficar mais uns dias e pegar nosso voo de volta para o Brasil. Espero que tenham gostado das dicas sobre a culinária de cada local que passamos.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Ravioli de Ricota

Uma pausa nos posts da viagem pra mostrar pra vocês meus raviolis de ricota. Essa é daquelas receitas que a gente faz e fica orgulhosa depois. Não que seja difícil, mas exige um pouco de carinho e dedicação e também porque ninguém está esperando por isso. A gente está tão acostumado a comprar tudo pronto que nem se dá conta que pode fazer coisas muito melhores e se divertir na cozinha sem passar trabalho.


E ravioli é algo que dá pra variar muito, dá pra fazer vários tipos diferentes de recheios e molhos, com milhares de combinações, mas as combinações mais básicas já agradam muito, como foi o meu caso, que fiz ravioli de ricota ao molho sugo.

Existem várias maneiras de fazer ravioli: com formas próprias como a minha, com cortadores especiais ou até mesmo sem nada disso, só com uma faca para cortar os raviolis e um garfo para selar as bordas. É claro que a forma e o cortador (tem um que corta em formato redondo) vão ajudar a deixar todos do mesmo tamanho e formato, mas não é obrigatório.

A minha forminha eu já tenho há algum tempo, mas eu confesso, não me aventurava em fazer ravioli, pois tinha medo de dar errado, mas com alguns cuidados não tem como dar errado e é super simples. A primeira vez que eu fiz não tinha muita noção de como deveria ser feito, então acabei fazendo um recheio muito úmido, o que pode acabar desmanchando e abrindo os raviolis, mas fora detalhes simples assim, não tem erro.

Ingredientes:
(normalmente se usa 100 g de farinha para cada pessoa, mas como o ravioli tem o recheio eu usei 100 g para duas pessoas e ainda sobrou um pouquinho)

Massa

- 100 g de farinha de trigo (mais um pouco para polvilhar e arrumar o ponto da massa)
- 1 ovo (uso sempre caipira)

Recheio

- mais ou menos 1 xícara de ricota (eu coloquei mais, mas acabou sobrando)
- 2 colheres de queijo ralado, usei mozzarella porque eu já tinha em casa, mas pode ser parmesão
- 1 colher de azeite de oliva
- 1 dente de alho picado
- algumas folhas de manjericão ou um tempero de sua preferência picadas
- 1 gema e um pouco da clara (guarde uma parte da clara para pincelar os raviolis mais tarde - ou então pincele com água, mas prefiro a clara)
- 2 colheres de leite (a quantidade vai depender da textura do recheio, se já estiver pastoso não vai precisar, tomando sempre cuidado para não ficar mole e úmido demais)
- sal e pimenta do reino a gosto

Amasse a ricota com um garfo e vá misturando todos os ingredientes, sendo o leite por último (só coloque o leite se necessário, cuidando para não ficar muito úmido o recheio).

A massa eu fiz como eu mostrei nesse post, só deixando a massa inteira como se fosse para lasanha, sem cortar em forma de macarrão, mas se você não tiver a máquina de macarrão pode fazer no rolo, como eu mostrei aqui. Após deixar a massa fininha coloque em cima da forma enfarinhada, se você tiver uma, ou então em cima da mesa enfarinhada e vá colocando o recheio nos espaços.



Depois de colocado o recheio passe a clara do ovo ou água com um pincel na massa para selar bem e não acabar abrindo os raviolis, e então cubra a forma com mais uma "folha" de massa.


Passe o rolo de macarrão por cima da forma se estiver usando uma pra ele ir cortando no formato certo e depois retire as sobras nos cantos. Com cuidado vire a forma para que os raviolis saiam. As sobras de massa eu juntei e passei novamente pelo cilindro e coloquei na forma novamente, repetindo o que já tinha feito e fiz mais raviolis.


Quem quiser fazer o ravioli e não tiver a forma eu indico que assista esse vídeo, a partir do minuto 3:00, pois a moça mostra várias maneiras de fazer.


O molho eu fiz sugo, o mesmo que eu fiz nesse post. Coloquei um pouco de molho no fundo da travessa, os raviolis e o resto do molho. Um pouco de queijo ralado e está pronto!

terça-feira, 12 de março de 2013

Culinária Local - Alemanha

Esse post vai ser com certeza o mais difícil, pois eu não lembro o nome de praticamente nada, então a pesquisa vai ser grande! Vamos lá.

A visita à Alemanha foi ótima. Primeiro fomos para Munique. Para nós foi o mais difícil de conseguirmos pedir comida, pois nós não entendíamos nada no cardápio. Para nossa sorte lá todos falavam em inglês perfeitamente, mas ainda assim os cardápios em inglês não ajudavam, pois nós não sabíamos entender o que eram as comidas, já que tinham nomes próprios alemães, uma vez que eram pratos tradicionais. Mesmo assim tivemos que nos arriscar.

A noite resolvemos ir ao Hofbrauhaus que é uma cervejaria super tradicional na Alemanha, com muita história, que vocês podem ver aqui. O local enorme é super animado, com muita gente mesmo. Quando entramos achamos que era só a parte de baixo, que já estava lotada, mas então nos mandaram para outro andar que também estava cheio, mas ainda tinham algumas mesas. Depois ainda fomos saber que existiam ainda outros andares cheios de mesas lotadas! E eles tem um palco onde são realizadas danças e atrações para o público.


Além dos vários tipos de cerveja tinham várias comidas típicas. Até tirei uma foto do cardápio pra ver se conseguia entender algo depois.


Eu pedi o "Juicy Brewer Goulash", que nada mais era que goulash (tipo um guisado bem temperado) feito com carne de porco e umas bolas de pão muito tradicional na Alemanhã de acompanhamento, que são chamadas de Semmelknödel. Estava uma delícia o goulash. Achei o Semmelknödel muito seco, mas o Marcos gostou.


O Marcos pediu um "Escalope Vienna Style" feito com carne de vitela achando que ia ser algo super diferente do que estamos acostumados e ele se deparou com um bife a milanesa. E junto veio um purê de batata, que esse sim era diferente, era meio avinagrado, assim como chucrute.


Como ficamos pouco tempo em Munique foi tudo o que conhecemos da culinária (fora o café da manhã do hotel, que era uma delícia e tinham umas salsichas diferentes deliciosas). Em seguida fomos para Waghäusel, uma cidade a 100 km de Frankfurt, onde ficaríamos na casa da família da madrinha do Marcos, que mora lá, a Neusa, onde fomos muito bem recebidos e com muita comilança tradicional Alemã! Com o clima mais familiar acabei esquecendo de tirar fotos, mas a Neusa preparou vários pratos típicos para que pudéssemos conhecer um pouco mais da Alemanha.

Do que eu não tirei foto vou colocar imagem da internet mesmo, com a devida referência, é claro, só pra não ficar muito na teoria e mais ilustrativo.

Assim que chegamos provamos algo bem diferente. Era uma comida que cada um montava do seu gosto, lembrava um aparelho de fondue, mas não consigo lembrar o nome, se alguém souber me avisa.

Os pães eram bem variados. Até os pães integrais eram ótimos.

Provamos várias salsichas diferentes, uma melhor que a outra. Essa é a Weisswurst, nós comemos em um bar em Speyer, uma das cidades mais antigas da Alemanha, segundo o Wikipédia. É tradicionalmente comida com mostarda. Muito boa. "É confeccionada a partir de carne de vitela, finamente picada, e toucinho de porco fresco. É normalmente temperada com salsa, limão, cebola, gengibre e cardamomo, apesar de existirem outras variações" (texto do Wikipédia). A gente tira a pele que fica em volta dela antes de comer. Foi a que o Marcos mais gostou.


A salsicha que mais gostamos eu mais gostei foi a Wiener, ou Viena. Mas não se engane, é bem diferente dessas salsichas viena que nós achamos em lata aqui no Brasil. Ela é uma delícia, lembra muito a nossa salsicha comum, mas muito melhor e mais saudável.

Foto: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:DSC04407_Wiener_veal_sausage.JPG

Outra salsicha que nós vimos bastante, muito comum no café da manhã é a Bratwurst, que é uma salsicha que pode ser feita com carne de porco, de vaca ou de veado, levando condimentos fortes. Eu gostei bastante.

Foto: http://en.wikipedia.org/wiki/File:N%C3%BCrnberger_Rostbratw%C3%BCrste.JPG

Claro que provamos também o chucrute, mas como eu não gosto de vinagre, não foi algo que me apeteceu muito.

Outra coisa que é muito comum lá é o Spätzle, que é uma massa com a mesma base que a massa comum italiana, pois leva ovo, farinha e sal. Normalmente é feita a massa e colocada num aparelho tipo o amassador de batatas, que vai saindo a massa pelos furinhos e vai direto para a água cozinhar. Como é bem comum o Spätzle lá o pessoal tem no supermercado pra comprar a versão pronta industrializada dele, que é só colocar na água igual macarrão mesmo. A Neusa fez pra gente acompanhado com lombo de porco, uma delícia.

Nos bares sempre tem pra pedir os famosos Pretzels. Lá eles tem um sabor bem característico, bem diferente dos que comemos no Brasil (pelo menos os que eu comi da rede Mr Pretzels). O gosto lembra bastante aquele salgadinho tipo palitinhos. Bem salgado.


A maioria das cervejarias tinham fabricação própria, sempre muito boas! Lá a especialidade são as cervejas Weiss, que são conhecidas aqui como Cerveja de Trigo. De acordo com o Wikipédia "é um tipo de cerveja feita de malte de trigo, malte de cevada, lúpulo e levedura". O que mais gostei foi da Weiss escura. Foto de dentro da cervejaria com a fabricação de cerveja.


Foi definitivamente a culinária mais diferente do que estamos acostumados que provamos, mas com certeza valeu a pena! Eu acho que conhecer a culinária de um local é muito mais que só desgustar, é conhecer a cultura dessas pessoas. Acho incrível. E temos muito o que agradecer à Neusa, o Uwe (marido dela) e aos filhos deles, Kenneth e Brian, por terem nos recebido e nos ajudado tanto lá.

domingo, 10 de março de 2013

Culinária Local - Veneza

Em Veneza não tivemos tempo de provar muita coisa, até porque quando chegamos estava tendo uma tempestade de neve e ficamos no hotel mesmo. Chegamos mortos de fome e como é inverno lá o restaurante do hotel estava fechado, mas mesmo assim a recepcionista pediu para que o cozinheiro preparasse algo pra gente, já que não tinha condições de sair de lá com aquela tempestade. Nos ofereceram o prato mais tradicional de Veneza, que é spaghetti com frutos do mar (marisco e vôngole/berbigão), que como eu já expliquei no último post, lá eles chamam de macarrão com peixe, não tenho ideia do porquê.


Eu achei uma delícia. O tempero era incrível, levemente apimentado. Já vi o pessoal que eu conheço daqui que já comeram o spaghetti com frutos do mar ou até mesmo a paella espanhola reclamarem que acham chato ter que ficar tirando as conchas. Realmente leva mais tempo pra comer e um pouco mais de trabalho, mas no fim não dá tanto trabalho assim e o prato fica bem bonito, mas eu ainda prefiro quando faço em casa tirar as conchas antes mesmo.

Um detalhe é que na Itália eles sempre servem pão junto com os pratos. Esses pães eles normalmente cobram a parte por eles! Diferente de Paris, que os pães não eram cobrados (pelo menos não foram em nenhum lugar que fomos).


Só no dia seguinte fomos conhecer a cidade realmente e almoçar perto da Praça de São Marcos (a praça mais famosa da cidade e onde acontecem as competições de fantasias de carnaval), já que o primeiro dia foi meio perdido devido a tempestade. Era carnaval e estava cheio de turistas. Pedimos a opção do dia, com primeiro, segundo prato e sobremesa. Olha eu pedindo de novo spaghetti com frutos do mar! Esse era com mariscos, sem vôngole. Adorei.


Já o Marcos pediu uma entrada de sardinha com cebola que ele não gostou muito, achou que o tempero era estranho, meio doce e com muito limão.


O segundo prato foi lula a milanesa. Bem sequinha e crocante, uma delícia.


Na sobremesa pedimos um pudinzinho de baunilha, que parecia com nosso tradicional pudim de baunilha, mas não era muito bom.

A noite fomos de novo comer perto da praça de São Marcos. Dessa vez pedi um nhoque, já que eu adoro nhoque e já estávamos nos despedindo da Itália. Era nhoque aos quatro queijos, mas mais parecia só um molho branco meio insosso. O nhoque em si tinha uma boa textura, não era desses que grudam no céu da boca.


O Marcos pediu um linguado a belle meuniere, já que Veneza é o lugar certo pra comer comidas do mar. Eu achei que tava lindo, mas infelizmente ele não gostou do peixe, pois exageraram no limão. Provei e tive que concordar. Acho que valia mais a pena continuar no spaghetti com mariscos e vôngoles de sempre... Como o peixe tinha pouca carne (era mais pele e espinhas) ele acabou pedindo uma pizza de camarões que eu até esqueci de tirar foto, mas estava realmente gostosa!


Ficamos pouco tempo em Veneza (dois dias), mas foi o bastante para conhecer tudo. Eu acho que não conseguiria me acostumar com o estilo de vida da cidade. A ideia de ter que pegar barcos/lanchas para se locomover me deixou um pouco assustada, mas a cidade é realmente linda, principalmente no carnaval. E eu não achei a cidade fedida, não, como muitos dizem, pode ser porque era inverno. É isso, tchau Itália, olá Alemanha!

Up: dei uma pesquisada sobre as cascas dos mariscos e vôngoles. Não são retirados, pois dizem que grande parte do sabor está nas cascas.
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